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Scot Consultoria

Consecitrus, "Garantizado, la garantia soy jo!"


Terça-feira, 30 de outubro de 2012 - 08h48

Depois de quase uma década negando-se a discutir o assunto, repentinamente, em 2009, a indústria processadora de citros criou a CitrusBR tendo como prioridade absoluta a elaboração do Consecitrus.


Fomos então contatados pelo presidente da CitrusBR, que nos informou da intenção da indústria de nos oferecer o Consecitrus e para isto seria contratada a MBAgro. Respondemos que não queríamos aderir a uma proposta, mas construir democraticamente uma proposta que, entre outras coisas, assegurasse transparência nas informações e uma distribuição da renda proporcional aos investimentos, custos e riscos de cada um dos elos da cadeia produtiva.


Assinamos em outubro de 2010 uma carta de intenções comprometendo-nos a participar da elaboração do Consecitrus. O propósito era trabalhar os aspectos técnicos, que prevíamos ser a etapa mais difícil do processo, para depois elaborarmos o estatuto. Contratamos assessoria técnica para, através de reuniões semanais, elaborarmos a proposta. Após quatro reuniões, os trabalhos foram suspensos sob o pretexto de aguardar uma atualização da planilha de custos de produção da laranja pela CONAB.


A indústria passou então a priorizar o estatuto e, em agosto de 2011, convidou a Associtrus para uma reunião, tentando coagi-la a comprometer-se a assinar o estatuto, mesmo sem conhecer o que viria a ser o seu teor. Argumentamos que essa exigência descabida equivaleria a dar uma procuração à indústria para impor o estatuto aos parceiros e lembramos que já nos havíamos comprometido formalmente a participar da elaboração do Consecitrus.


A proposta de "consecitrus" apresentada ao CADE distorce totalmente os números e é altamente lesiva aos interesses dos produtores, tendo como único objetivo resolver as pendências do cartel junto ao CADE.


O Consecitrus defendido pela Associtrus e pela FAESP tem como base o Consecana. No Consecana há uma metodologia e atuação de instituições independentes que asseguram a transparência das informações para a definição da remuneração do produtor.


Vamos apresentar ao CADE, nos próximos dias, uma proposta que atenda aos interesses dos citricultores. Orientamos os produtores a não se submeterem às pressões da indústria para que aceitem os contratos, que já estão sendo impostos, com base no produto dos porões do cartel ao qual eles deram o nome e a marca "Consecitrus".


Fonte: Associtrus. Pela Redação. 29 de outubro de 2012.



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